segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

SININHO: PINTOU UMA CANDIDATA A PRESIDENTA DA TERRA DO SEMPRE

Fonte: http://www.papeldeparede.etc.br
O título deste texto é a mais nova expressão do meu amigo Riba Mearim, por saber que Elisa Quadros, conhecida como Sininho, é a organizadora das chamadas manifestações violentas no Rio de Janeiro. Num primeiro momento, achei um exagero, mas precisei concordar com ele. Há coerência nessa afirmação. Afinal, estamos em um momento em que os homens e as mulheres que estão no poder têm os seus currículos recheados de episódios de violência praticados no passado próximo. Portanto, pela lógica, quem hoje envereda nessas trilhas de ações violentas, se credencia sim para, no futuro, ocupar postos-chave da direção do país.
Na minha adolescência tomava conhecimento de atos de terrorismo do IRA no Reino Unido, das FARCs colombianas, e de outros movimentos que buscam a consecução do poder pela violência. Ficava intrigado com a quantidade de atentados a bomba nos quais morriam muita gente inocente. Ficaram muitas dúvidas. Entre as quais a de saber como aqueles terroristas se comportariam caso assumissem o poder e, como governantes, viessem a ser incomodados por semelhantes ondas de terrorismo. O que diriam aos seus opositores? Teriam a cara de pau para adotar slogans de não-violência?
Fonte: http://g1.globo.com
Em O Alienista, de Machado de Assis, o barbeiro Porfírio após tomar o poder em Itaguaí, no que resultou em onze mortos e vinte e cinco pessoas feridas, dirige-se assim ao povo, na primeira crise de credibilidade que enfrenta: “Confiai em mim; e tudo se fará pela melhor maneira. Só vos recomendo ordem. E ordem, meus amigos, é a base do governo...” Ordem, paz, segurança... Como alguém pode recomendá-las ou garanti-las, se deu exemplos contrários? Parece ter sido fácil a Machado atribuir tais falas a um personagem de uma obra literária. Mas, e se o escritor houver se baseado na realidade? Vida, arte... Quem imita quem?